segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O que é amor? O que é amar?

Difícil definir amor e mais difícil ainda é dizer o que é amar.

Existem várias definições para a palavra amor. Uns dizem que amor é uma figura mitológica da Antiga Roma ou um sentimento característico dos seres humanos e, ainda, sentimento desprovido de interesse, do tipo que se tem ou se deve ter por qualquer pessoa.

Eu definiria amor como um sentimento confuso, complexo, complicado, que poucas pessoas conseguem experimentar por inteiro. Esse sentimentotem perdido sua virtude em razão da banalização dos sentimentos, da solidão e do tão conhecido "ficar".

Hoje é chique "ficar". Ficar com um garoto lindo da boate, com o colega da escola ou trabalho. Os jovens que "ficam" são legais, evoluídos, badalados. Namorar está fora de moda.

Você já parou para pensar o que é ficar? Alguns definem ficar como uma paquera sem compromisso. Houaiss diz que ficar é "manter com alguém convívio de algumas horas, sem compromisso de estabilidade ou fidelidade amorosa". Ou seja, ficar é passar o tempo, é não ser fiel, é não se comprometer com ninguém. Enfim, usar pessoas. (Coisa sem sentido!)

O amor não! O amor é explêndido, sentimento divino, não egoísta, não é caprichoso nem invejoso, não é calculista e sabe doar, ceder...

O que é amar? Amar é "demonstrar amoar a; sentir grande afeição, ternura ou paixão por alguém" (definição de Houaiss). É colocar em prática essas virtudes e, muito mais que isso, é sentir saudades a todo momento, sentir aquele arrepio quando abraça o namorado, é ver a alma do outro através dos seus olhos.

Amar e ser amado: esse é o desejo, mesmo que oculto, de todos os mortais. Muitas vezes nos deparamos (por conveniência) falando que estamos bem quando estamos sozinhos. Mas, no fundo, ninguém é totalmente feliz curtindo a solidão. Todos queremos encontrar nossa alma gêmea, a "goiabada do queijo", a "azeitona da empadinha". É brega falar de amor, mas o amor é brega! Está fora de moda. Infelizmente!

É como aquela peça de roupa que esteve um dia na moda, que vestia bem, era chique, mas que hoje não temos coragem de tirá-la da gaveta. As vezes a vontade de utilizá-la é grande, mas o ridículo, o medo de ser tachado de brega nos faz desistir.

Com o amor, a amizade verdadeira, os bons sentimentos, é bem parecido. Temos vontade de sentir, de demonstrar ternura e carinho, mas quando nos indagam o motivo de estarmos sós, afirmamos sem pestanejar: Assim é melhor, ainda não encontrei alguém a minha altura!

Hipócritas, perdemos várias vezes a chance de conhecer a felicidade. Ninguém quer admitir que viveria um amor intenso, insano, louco, que mudaria a cor do cabelo para agradar o namorado, que faria uma surpresa ou uma loucura de amor. O medo de sofrer, de se envolver, é o responsável. Privar-se é covardia!

Mas, amar é sinônimo de sofrimento? Não. Sofre quem se nega a amar intensamente. Sofre quem não aceita o amor do jeito que ele deve ser sentido, que não vive a felicidade plena. Ninguém sabe dizer onde a felicidade está e tem medo de procurá-la.

A felicidade é amar. Amar é viver intensamente. É sentir cada segundo, cada minuto. É ver a beleza das pequenas coisas, dos pequenos gestos. É sentir profundamente o sabor da vida.

Hoje acho que sei o que é amar, os anos me ensinaram o que é o amor e poderia dizer que amo, mas, o medo do destino, do que irão pensar os outros, me fazem pensar e recuar e pensar se realmente vale a pena me entregar a qualquer sentimento.

Dizer te amo pode ser simples. Difícil é reconhecer o verdadeiro sentido desse amor. Pode significar muito mais que um rompimento de barreiras sociais, romper o limite do brega, do fora de moda. Dizer que te amo sognifica que sinto todos os sentimentos quando estou ao teu lado, significa que não posso mais viver sem seu cheiro, sem sua voz, sem seus carinhos, sem seu olhar, enfim, sem você.