sexta-feira, 31 de julho de 2009

Amor inacabado


Karine Rodrigues

Tu és a brasa que ainda queima sobre as cinzas, ferida que arde sem sentir dor, fragância que restou de fina flor, perfume que exala em cada vogal.

Tua pele está moldada a cada sílaba deste texto profanado e em cada pedaço do corpo meu. Tu trilhaste o caminho dos sentimentos, dos sentidos, do coração.

És distante eco de não extinta dor, réstia de luz que atormenta a noite, pedaços de minh’alma que viaja no espaço infinito.

És o livro que não terminei de ler, vulto que jamais se compreende, és porta que não se abriu ao meu chamado, fonte que secou várias vezes sem avisar.

Tu és rascunho dolorido da mais bela poesia, eternamente inacabada, canção que ainda gosto tanto de escutar.

Tu és vida latente de esperança, caminho bifurcado ao longo do trajeto, o mais estranho dos afetos, o amor que jamais esquecerei.

O assassinato do amor

(Autor desconhecido)

Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios.

Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho papão. Outros confessam sua culpa em altos brados e fazem de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente" ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.

Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.
Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos e definharão até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os AMORES-FÊNIX. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, dos preconceitos da sociedade, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram: teimosos, belos, cegos e intensos. Mas estes são raríssimos e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas.

O Segredo Do Futuro - Madredeus

Composição: Pedro Ayres Magalhães / Fernando Júdice

O segredo do futuro,
É o amor
Um amor sublime e puro,
O belo amor
Só o amor
Resolve tudo numa esperança maior



Sem amor
O que foi grande é já menor
Sem amor
O que era bom ficou pior
Só o amor
Resolve tudo e traz a esperança até nós

Eu vejo o tempo a passar muito depressa

E ao longe essa esperança
Que sinto apagar
Chamou por mim
Para eu a chamar

A ideia de amor
Aconteceu
na estrada da Terra até ao Céu
A ideia de amor não se perdeu
E devolveu tudo o que se deu
A chave do futuro é dar de novo amor
A todo o "outro"...
O "outro" que és tu, e ele, e eu,
A sós neste mundo.

domingo, 26 de julho de 2009

"Amadurecimento"

Mario Quintana



Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você...

A idade vai chegando e,com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando...

A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar.
Mas uma coisa parece estar sempre presente... A busca pela felicidade com o amor da sua vida.

Desde pequenos ficamos nos perguntando "quando será, que vai chegar?"

E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida : "será que é ele(a)"?
Como diz o meu pai:"nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente achava que era.

Cada namorado (a) era o novo homem (mulher) da sua vida. Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente...
PLAFT!
Como num passe de mágica ele (a) desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito "do próximo".

Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.

Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.

Você procura por alguém que cuide de você quando está doente,que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.

A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes.

A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa.

Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos a luta...

Mas o melhor dessa parte é se divertir com os amigos, rir até doer a barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som...

Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem (mulher) da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas...

É cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

DO QUE AS MULHERES GOSTAM

Arnaldo Jabor

Você, homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada, etc...
As vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais - "corneado". Saiba de uma coisa... Esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça - ou então - assumir seu "chifre" em alto e bom som. Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos. Mas o que seria uma "mulher moderna"? A principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente, que é corajosa,
companheira, confidente, amante...
É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...
É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda... Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...
Assim, após um "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior. VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que:
- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam.
Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca o quanto você gosta dela.
Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... Bem... Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la.
As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 40 anos, elas pensam - e querem - fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)...
Bom, nem precisa dizer que se não for com você...
- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso.Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
- Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos.Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.
- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você... só que o prato principal, bem... dessa vez é a SUA mulher.
- Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora? Bem.... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.
- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar do lado e simplesmente dormir.
- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados,trocavam e-mails ou elefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa.
A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas...senão... Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência".
Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas,olhando só pra você!!!

Consolo na praia


Drummond

Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humor?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.

De "Amar se Aprende Amando"

As Sem-Razões do Amor

Carlos Drummond de Andrade

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Só restará o arrependimento.


Quantas vezes você estava com alguém e sua cabeça não estava ali?
Quantas vezes também, no momento em que não pôde senti-la em seus braços, sentiu sua falta?

Você já parou para pensar no que machuca mais?

Fazer algo e desejar que não tivesse feito, ou não fazer e desejar que tivesse?

Só você pode decidir.
A responsabilidade é muito grande.
Você já teve medo de começar um relacionamento e não ser a hora, ou a pessoa certa?
Seu coração não escolhe quem amar.
Ele faz por conta própria, quando você menos espera, ou mesmo quando você não quer.
Quantas vezes você deixou passar momentos importantes que não voltam mais?
Não tem aquela música que você não gosta de ouvir porque lembra algo que você fez enquanto ela tocava há algum tempo atrás?
Ou lembra alguém que você quer esquecer e não consegue?
Quantas vezes você quis esquecer uma história ou alguém, que permaneceu na sua cabeça por um longo tempo, que te deixou triste, e mesmo assim ela não saía?
Você já se sentiu sozinho mesmo cercado de um monte de pessoas?
Ou já beijou alguém que fez a multidão sumir?
Você já passou um dia sentindo muitas saudades do que viveu?
Você já viveu uma situação tão boa e feliz que até deu medo de tudo ser muito passageiro?
Alguma vez você sofreu por alguém e essa pessoa nem se deu conta disso, ou simplesmente não fez nada pra consertar?
Alguma vez você passou por cima do seu orgulho pra correr atrás do que queria?
Quantas vezes uma pessoa a quem você não dava nada, foi a primeira a te ajudar?
Quantas vezes aquela que você mais esperava gratidão, te deu as costas e te decepcionou sem você nunca saber o porquê?
Você já se achou bobo, ridículo, por insistir em algo que não valia a pena?
Teve algum dia que você acabou ficando com alguém apenas para não ficar sozinho?
Você já passou por um dia em que tudo deu errado, mas no final aconteceu algo maravilhoso?
E também já aconteceu algo em que tudo deu certo, exceto pelo final que estragou o que parecia perfeito?
Você já chorou porque lembrou de alguém que amava e não pode viver intensamente isso com essa pessoa?
Você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou e que tudo também faz outro sentido pra você?
Para essas perguntas existem muitas respostas. Mas o importante sobre elas não é a resposta em si, e sim o que sentimos em cada uma dessas situações.
O sentimento e as lembranças que ficam de cada história.
Todos nós erramos... Julgamos mal... Somos bons e somos cruéis... Amamos. Sofremos...
Tivemos momentos alegres e outros às vezes mais tristes.
E todos, um dia não tiveram coragem ou ousadia - e hoje se arrependem – ou talvez não.
Vocês todos já fizeram uma coisa quando o coração mandava fazer outra?
Então qual a moral disso tudo?
Vá à luta!
Antes que seja tarde, siga.
Não continue pensando nas suas fraquezas e erros. Quem manda na nossa vida somos nós. A única pessoa que pode mudar você é você mesma.
Os outros são meros coadjuvantes.
Persiga a sua felicidade.
Daqui por diante faça um acordo consigo mesmo, e lute bravamente contra os velhos paradigmas!
Não abaixe a cabeça!
Não deite com mágoas no coração e dúvidas na razão.
Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz, e comece com você mesmo!
E, por mais que sinta falta das pessoas que passaram pela sua vida, lembre-se:
Se foram embora porque quiseram, mesmo sendo pessoas especiais, não mereceram seu carinho – sua dedicação – seu amor – sua ternura – sua meiguice, apenas passaram pela sua vida, como uma nuvem. Coloque na sua cabeça, que você não mereceu aquela pessoa .
Façam tudo hoje, pois, a única coisa que deixarás aqui, será a lembrança das coisas boas e ótimas que fizestes!
O amanhã é incerto demais.
Só vivemos uma vez e temos um tempo muito curto para colher os louros de uma felicidade que não sabemos onde está.
Quando aparecer uma oportunidade, segure-a, pois,
O TEMPO NÃO VOLTA!

Um tal de amor...

Sujeito ridículo é o tal do amor. Ele chega sem se preocupar com nada, não pede licença e já vai tomando conta de tudo. Parece criança agitada, sai bagunçando tudo, tirando tudo do lugar. É pirracento e, às vezes, birrento. Quando cisma com alguém, ai ai, é um Deus nos acuda! Não há quem o faça mudar de idéia.

O amor é complicado, ele não combina com a razão, sua irmã mais velha. Onde ele está, ela não consegue ficar perto... ela sempre o observa de longe e com carinho. Ele desobedece o que ela diz e sempre se faz de desentendido. Escolhe, por várias vezes, as pessoas erradas e aí, ele fica cego. Faz loucuras, se sente feliz e apronta mil e uma travessuras.

O amor também tem umas amizades bem malvadas. O ciúme é um companheiro que só traz dor de cabeça. Ele sempre traz consigo a desconfiança e a insegurança. Quando os quatro estão juntos, não sai nada que preste. Eles criam conflitos, discórdia e é sempre o amor quem sai prejudicado. Ele é um bobo, um inocente que às vezes vai na conversa dos outros três. Quando percebe, já é tarde.

Ultimamente, o amor tem se sentido perdido e triste. Ele foi pego de jeito pela paixão. Essa daí, ave-maria, é pior que pomba-gira. Pegou o amor e levou pra passear. Eles se divertiram muito e tomaram umas doses a mais da bebida proibida. Quando o amor acordou, nossa! Quando o amor acordou foi que percebeu o que a paixão fez. Ela o fez se perder da razão e destruir tudo, tudo que viu pela frente: sonhos, ilusões, respeito e até a amizade. Essa paixão é muito cruel!

Agora, o amor está desiludido. Sem saber o que vai fazer para concertar o que destruiu e sem ter como recuperar o que foi perdido. Não há remédios para essa destruição e é nessa hora que o amor conta com seu melhor amigo: o tempo!

O tempo está sempre ao lado do amor e, quando ele precisa, o tempo ajuda a apagar os erros que foram cometidos. Agora... o amor está cansado e em busca de um lugar pra ser feliz. Ele irá viajar com o tempo para um lugar distante onde possa encontrar quem o completa: a felicidade!