terça-feira, 28 de setembro de 2010

É engraçado chegar a um ponto de nossas vidas e perceber que tudo está errado. Que seguimos pelo caminho mais difícil e ainda não chegamos a lugar algum.

Hoje paro e me pego pensando nos erros do passado, do presente e os que ainda vou comenter. Qual a dificuldade de aprender? Jurei nunca mais amar ninguém, jurei não deixar que me magoassem e aqui estou eu novamente. Sofrendo por algo que não vale a pena. Um dia acreditei que valesse, hoje não tenho mais certeza de nada.

A única coisa que queria era não ter me enganado. Era não acreditar no outro, não dar chances, não ter esperanças.

Queria arrancar de dentro de mim este sentimento tão cruel. Essa dor que não tem fim. E descobrir que tudo foi apenas um pesadelo. Que irei acordar ao lado do meu grande amor e que poderei viver feliz, outra vez.

A esperança... dizem que é a última que morre, mas acho que se enganaram, ela morreu antes do amor. Que teimosia acreditar que isso teria um final feliz.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

É o Que Me Interessa


Lenine

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.

Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa.

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

É bom pensar sobre

Um dia desses tive um sonho ruim.
Sonhei que coisas estranhas aconteciam, que o mal tentava invadir minha vida, destruir minha família e meus amigos (Sombrio isto né?rsrsr).Então orei, pedi a Deus para nos proteger. Alguns podem pensar "papo brabo aí..." outros podem falar: que conversa besta, etc...Mas acho que este sonho pode ter sido reflexo das relações e atitudes que tenho visto atualmente.

Você já parou para pensar como o mundo mudou em alguns anos?

Quando criança eu brincava nas ruas, ficava até de madrugada no portão conversando, na varanda... Hoje, simplesmente tenho medo de ficar com as portas abertas. Minhas janelas ficam fechadas o tempo todo, não posso chegar muito tarde, tenho medo de sair sozinha... minha liberdade de ir e vir acabou. Tenho medo das pessoas, medo da reação de jovens que usam drogas, medo...

O que está havendo com as pessoas? O que está acontecendo com o mundo?

Ninguém mais acredita no outro. O amor se tornou uma besteira, namorar, casar... aaaahhh isso é coisa do passado! Coisa de gente boba, que segue os padrões impostos pela sociedade. O negócio agora é "ficar", é "pegar" (como já ouvi várias vezes: tô pegando aquela gatinha lá do colégio). Sexo, drogas, pegação, traição... tudo virou moda. Está difícil manter um relacionamento e, mais ainda, recomeçar um novo (cada asneira que escuto por ai que dá até preguiça!).

Estive avaliando tudo isto. Em alguns momentos me sinto realmente careta, mas não me envergonho disto. Será que seguir alguns padrões é tão ruim? Será que nossos antepassados estavam errados ao impor certas "regras"? Será que eles eram infelizes? Acho que não... eu mesma sinto falta da minha época de criança. Quando namorar, significava pegar na mão, ficar olhando de longe... Beijo na boca? Só namorando dentro de casa, com o consentimento dos pais.

Daí fiquei imaginando... se há 20 anos as coisas estivessem como hoje, o mundo já teria acabado... e vou mais além: será que eu teria a educação que tenho hoje? O discernimento?

Agradeço a Deus por ter nascido nos anos 80, afinal, pude aprender o que é agradecer e fazer favores, pedir licença, me desculpar quando estou errada e ainda pude cantar e dançar balão mágico sem sentir vergonha.

Outra coisa que aprendi é sobre o valor que tem a palavra de alguém e o que é ser uma pessoa honrada. Hoje em dia, as pessoas não sabem bem o que significa isso. Mas não vou me estender mais... esse papo as vezes é cansativo...Só vou completar com um e-mail que recebi hoje. Ele fala sobre o valor que DEUS deveria ter. Na minha época, podiamos acreditar e adorar a Deus sem sentir vergonha.

Ainda bem...conheci sentimentos e sensações que muitos jovem "irados", "antenados" e "modernos" jamais terão.

Influenza
Imagine que é uma típica tarde de sexta - feira e você está dirigindo em direção à sua casa.Você sintoniza o rádio. O noticiário está falando de coisas de pouca importância. Você ouve que numa cidadezinha distante morreram 3 pessoas de uma gripe, até então, totalmente desconhecida. Não presta muita atenção ao tal acontecimento e esquece o assunto. Na segunda-feira, quando acorda, escuta que já não são 3, mas 30.000, as pessoas mortas pela tal gripe, nas colinas remotas da Índia. Um grupo do Controle de Doenças dos EUA foi investigar o caso. Na terça-feira, já é a notícia mais importante, ocupando a primeira página de todos os jornais, pois já não é só na Índia, mas também no Paquistão, Irã e Afeganistão.
Enfim, a notícia se espalha pelo mundo. Estão chamando a doença de " La Influenza Misteriosa ", e todos se perguntam: Que faremos para controlá-la?
Então, uma notícia surpreende a todos: A Europa fecha suas fronteiras. A França não recebe mais vôos da Índia, nem de outros países dos quais se tenham comentado de casos da tal doença. Por causa do fechamento das fronteiras,você está ligado em todos os meios de comunicação, para manter-se informado da situação e, de repente, ouve que uma mulher declarou que num dos hospitais da França, um homem está morrendo por causa da tal "Influenza Misteriosa".. Começa o pânico na Europa. As informações dizem que, quando você contrai o vírus, é questão de uma semana de vida. Em seguida, as pessoas têm 4 dias de sintomas horríveis e morrem.
A Inglaterra também fecha suas fronteiras, mas já é tarde. No dia seguinte, o presidente dos EUA fecha também suas fronteiras para Europa e Ásia, para evitar a entrada do vírus no país, até que encontrem a cura.No dia seguinte, as pessoas começam a se reunir nas igrejas, em oração pela descoberta da cura, quando, de repente, entra alguém na igreja, aos gritos: " Liguem o rádio! Liguem o rádio! Duas mulheres morreram em Nova York !".
Em questão de horas, parece que a coisa invadiu o mundo inteiro.Os cientistas continuam trabalhando na descoberta de um antídoto, mas nada funciona.
De repente, vem a notícia esperada: conseguiram decifrar o código de DNA do vírus. É possível fabricar o antídoto! É preciso, para isso, conseguir sangue de alguém que não tenha sido infectado pelo vírus.
Corre por todo o mundo, a notícia de que as pessoas devem ir aos hospitais fazer análise de seu sangue e doar para a fabricação do antídoto.
Você vai de voluntário com toda sua família, juntamente com alguns vizinhos, perguntando-se, o que acontecerá. Será este o final do mundo? De repente, o médico sai gritando um nome que leu em seu caderno. O menor dos seus filhos está ao seu lado, se agarra na sua jaqueta, e lhe diz:
Pai? Esse é meu nome! E antes que você possa raciocinar, estão levando seu filho, e você grita: "Esperem!"
E eles respondem:
"Tudo está bem! O sangue dele está limpo, e é sangue puro.
Achamos que ele tem o sangue que precisamos para o antídoto."
Depois de 5 longos minutos, saem os médicos chorando e rindo ao mesmo tempo.
E é a primeira vez que você vê alguém rindo em uma semana.O médico mais velho se aproxima de você e diz: - "Obrigado, senhor! O sangue de seu filho é perfeito, está limpo puro, o antídoto finalmente poderá ser fabricado."
A notícia se espalha por todos os lados. As pessoas estão orando e rindo de felicidade. Nisso, o médico se aproxima de você e de sua esposa, e diz:
-"Posso falar-lhes um momento? Não sabíamos que o doador seria uma criança e precisamos que o senhor assine uma autorização para usarmos o sangue de seu filho."
Quando você está lendo, percebe que não colocaram a quantidade de sangue que vão usar, e pergunta:
"Mas, qual a quantidade de sangue que vão usar?" O sorriso do médico desaparece e ele responde:
- "Não pensávamos que fosse uma criança. Não estávamos preparados....Precisamos de todo o sangue de seu filho..."Você não pode acreditar no que ouve e trata de contestar:"Mas...mas..."
O médico insiste:
-"O senhor não compreende? Estamos falando da cura para o mundo inteiro! Por favor, assine! Nós precisamos de todo o sangue!"
Você, então, pergunta:-"Mas vocês não podem fazer-lhe uma transfusão?"E vem a resposta:"Se tivéssemos sangue puro, poderíamos. Assine! Por favor, assine!" Em silêncio, e sem ao menos poder sentir a caneta na mão, você assina.
Perguntam-lhe: -"Quer ver seu filho agora?" Ele caminha na direção da sala de emergência onde se encontra seu filho, que está sentado na cama, e ele diz: -"Papai!? Mamãe!? O que está acontecendo?"
O pai segura na mão dele e fala: -"Filho, sua mãe e eu lhe amamos muito e jamais permitiríamos que lhe acontecesse algo que não fosse necessário, você entende?" O médico regressa e diz:-"Sinto muito senhor, precisamos começar, gente do mundo inteiro está morrendo, o senhor pode sair?"
Nisso, seu filho pergunta: -"Papai? Mamãe? Por que vocês estão me abandonando?"
E na semana seguinte, quando fazem uma cerimônia para honrar o seu filho, algumas pessoas ficam em casa dormindo, e outras não vêm, porque preferem fazer um passeio ou assistir um jogo de futebol na TV.

E outras vêem, mas como se realmente não estivessem se importando. Aí você tem vontade de parar e gritar:

- MEU FILHO MORREU POR VOCÊS!!! NÃO SE IMPORTAM COM ISSO?
Talvez isso é o que DEUS nos quer dizer:

-MEU FILHO MORREU POR VOCÊS!!! NÃO SABEM O QUANTO EU OS AMO?
É curioso como é simples para algumas pessoas debocharem de Deus, e dizer que não entendem como o mundo caminha de mal para pior. É curioso como acreditamos em tudo aquilo que lemos nos jornais, mas questionamos as palavras de Deus. É curioso como todos querem ir para o Céu, mas nada fazem para merecê-lo. É curioso como as pessoas dizem: "Eu creio em Deus!", mas com suas ações, mostram totalmente o contrário.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O que é amor? O que é amar?

Difícil definir amor e mais difícil ainda é dizer o que é amar.

Existem várias definições para a palavra amor. Uns dizem que amor é uma figura mitológica da Antiga Roma ou um sentimento característico dos seres humanos e, ainda, sentimento desprovido de interesse, do tipo que se tem ou se deve ter por qualquer pessoa.

Eu definiria amor como um sentimento confuso, complexo, complicado, que poucas pessoas conseguem experimentar por inteiro. Esse sentimentotem perdido sua virtude em razão da banalização dos sentimentos, da solidão e do tão conhecido "ficar".

Hoje é chique "ficar". Ficar com um garoto lindo da boate, com o colega da escola ou trabalho. Os jovens que "ficam" são legais, evoluídos, badalados. Namorar está fora de moda.

Você já parou para pensar o que é ficar? Alguns definem ficar como uma paquera sem compromisso. Houaiss diz que ficar é "manter com alguém convívio de algumas horas, sem compromisso de estabilidade ou fidelidade amorosa". Ou seja, ficar é passar o tempo, é não ser fiel, é não se comprometer com ninguém. Enfim, usar pessoas. (Coisa sem sentido!)

O amor não! O amor é explêndido, sentimento divino, não egoísta, não é caprichoso nem invejoso, não é calculista e sabe doar, ceder...

O que é amar? Amar é "demonstrar amoar a; sentir grande afeição, ternura ou paixão por alguém" (definição de Houaiss). É colocar em prática essas virtudes e, muito mais que isso, é sentir saudades a todo momento, sentir aquele arrepio quando abraça o namorado, é ver a alma do outro através dos seus olhos.

Amar e ser amado: esse é o desejo, mesmo que oculto, de todos os mortais. Muitas vezes nos deparamos (por conveniência) falando que estamos bem quando estamos sozinhos. Mas, no fundo, ninguém é totalmente feliz curtindo a solidão. Todos queremos encontrar nossa alma gêmea, a "goiabada do queijo", a "azeitona da empadinha". É brega falar de amor, mas o amor é brega! Está fora de moda. Infelizmente!

É como aquela peça de roupa que esteve um dia na moda, que vestia bem, era chique, mas que hoje não temos coragem de tirá-la da gaveta. As vezes a vontade de utilizá-la é grande, mas o ridículo, o medo de ser tachado de brega nos faz desistir.

Com o amor, a amizade verdadeira, os bons sentimentos, é bem parecido. Temos vontade de sentir, de demonstrar ternura e carinho, mas quando nos indagam o motivo de estarmos sós, afirmamos sem pestanejar: Assim é melhor, ainda não encontrei alguém a minha altura!

Hipócritas, perdemos várias vezes a chance de conhecer a felicidade. Ninguém quer admitir que viveria um amor intenso, insano, louco, que mudaria a cor do cabelo para agradar o namorado, que faria uma surpresa ou uma loucura de amor. O medo de sofrer, de se envolver, é o responsável. Privar-se é covardia!

Mas, amar é sinônimo de sofrimento? Não. Sofre quem se nega a amar intensamente. Sofre quem não aceita o amor do jeito que ele deve ser sentido, que não vive a felicidade plena. Ninguém sabe dizer onde a felicidade está e tem medo de procurá-la.

A felicidade é amar. Amar é viver intensamente. É sentir cada segundo, cada minuto. É ver a beleza das pequenas coisas, dos pequenos gestos. É sentir profundamente o sabor da vida.

Hoje acho que sei o que é amar, os anos me ensinaram o que é o amor e poderia dizer que amo, mas, o medo do destino, do que irão pensar os outros, me fazem pensar e recuar e pensar se realmente vale a pena me entregar a qualquer sentimento.

Dizer te amo pode ser simples. Difícil é reconhecer o verdadeiro sentido desse amor. Pode significar muito mais que um rompimento de barreiras sociais, romper o limite do brega, do fora de moda. Dizer que te amo sognifica que sinto todos os sentimentos quando estou ao teu lado, significa que não posso mais viver sem seu cheiro, sem sua voz, sem seus carinhos, sem seu olhar, enfim, sem você.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Amor inacabado


Karine Rodrigues

Tu és a brasa que ainda queima sobre as cinzas, ferida que arde sem sentir dor, fragância que restou de fina flor, perfume que exala em cada vogal.

Tua pele está moldada a cada sílaba deste texto profanado e em cada pedaço do corpo meu. Tu trilhaste o caminho dos sentimentos, dos sentidos, do coração.

És distante eco de não extinta dor, réstia de luz que atormenta a noite, pedaços de minh’alma que viaja no espaço infinito.

És o livro que não terminei de ler, vulto que jamais se compreende, és porta que não se abriu ao meu chamado, fonte que secou várias vezes sem avisar.

Tu és rascunho dolorido da mais bela poesia, eternamente inacabada, canção que ainda gosto tanto de escutar.

Tu és vida latente de esperança, caminho bifurcado ao longo do trajeto, o mais estranho dos afetos, o amor que jamais esquecerei.

O assassinato do amor

(Autor desconhecido)

Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios.

Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho papão. Outros confessam sua culpa em altos brados e fazem de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente" ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.

Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.
Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos e definharão até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os AMORES-FÊNIX. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, dos preconceitos da sociedade, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram: teimosos, belos, cegos e intensos. Mas estes são raríssimos e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas.

O Segredo Do Futuro - Madredeus

Composição: Pedro Ayres Magalhães / Fernando Júdice

O segredo do futuro,
É o amor
Um amor sublime e puro,
O belo amor
Só o amor
Resolve tudo numa esperança maior



Sem amor
O que foi grande é já menor
Sem amor
O que era bom ficou pior
Só o amor
Resolve tudo e traz a esperança até nós

Eu vejo o tempo a passar muito depressa

E ao longe essa esperança
Que sinto apagar
Chamou por mim
Para eu a chamar

A ideia de amor
Aconteceu
na estrada da Terra até ao Céu
A ideia de amor não se perdeu
E devolveu tudo o que se deu
A chave do futuro é dar de novo amor
A todo o "outro"...
O "outro" que és tu, e ele, e eu,
A sós neste mundo.

domingo, 26 de julho de 2009

"Amadurecimento"

Mario Quintana



Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você...

A idade vai chegando e,com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando...

A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar.
Mas uma coisa parece estar sempre presente... A busca pela felicidade com o amor da sua vida.

Desde pequenos ficamos nos perguntando "quando será, que vai chegar?"

E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida : "será que é ele(a)"?
Como diz o meu pai:"nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente achava que era.

Cada namorado (a) era o novo homem (mulher) da sua vida. Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente...
PLAFT!
Como num passe de mágica ele (a) desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito "do próximo".

Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.

Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.

Você procura por alguém que cuide de você quando está doente,que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.

A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes.

A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa.

Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos a luta...

Mas o melhor dessa parte é se divertir com os amigos, rir até doer a barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som...

Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem (mulher) da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas...

É cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

DO QUE AS MULHERES GOSTAM

Arnaldo Jabor

Você, homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada, etc...
As vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais - "corneado". Saiba de uma coisa... Esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça - ou então - assumir seu "chifre" em alto e bom som. Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos. Mas o que seria uma "mulher moderna"? A principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente, que é corajosa,
companheira, confidente, amante...
É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...
É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda... Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...
Assim, após um "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior. VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que:
- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam.
Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca o quanto você gosta dela.
Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... Bem... Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la.
As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 40 anos, elas pensam - e querem - fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)...
Bom, nem precisa dizer que se não for com você...
- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso.Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
- Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos.Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.
- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você... só que o prato principal, bem... dessa vez é a SUA mulher.
- Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora? Bem.... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.
- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar do lado e simplesmente dormir.
- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados,trocavam e-mails ou elefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa.
A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas...senão... Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência".
Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas,olhando só pra você!!!

Consolo na praia


Drummond

Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humor?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.

De "Amar se Aprende Amando"